top of page

Comunidade científica critica corte de verbas do MCTIC para balancear contas públicas após promessa

  • DandComunica
  • 7 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

Crédito: freepik


As negociações do Governo Federal para garantir a redução no preço do óleo diesel e (minimamente) viabilizar a retomada das atividades dos caminhoneiros, demonstra reflexos indesejados em outras áreas também importantes. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), afirma que a perda de quase R$ 800 milhões trará impactos gravíssimos para as instituições vinculadas ao MCTIC, que em 2017 já havia acumulado um contingenciamento de cerca 50% no orçamento (em comparação a 2013).


No início do ano, o CNPq já havia divulgado um corte de 92% no orçamento para concessão de novas bolsas, notícia que já sinalizava que o ano de 2018 não seria muito positivo para as atividades de CT&I no Brasil. Pelo visto, o setor ainda não pode afirmar que o pior cenário já passou e que a recuperação está próxima.


Obviamente, essa guerra entre os setores da economia promovida pela atual política orçamentária, não parece gerar benefícios consistentes, já que o congelamento do preço do diesel será vigente por apenas 60 dias. Outras atividades que também vão sofrer impacto são os exportadores e as indústrias química e de refrigerantes, com aumento de impostos, além de programas de saúde e educação que também sofrerão cortes no repasse de recursos.


O Ministério do Planejamento afirma que os cortes incidirão em recursos que já estavam contingenciados e que as áreas afetadas apenas perdem a perspectiva de que os recursos possam voltar a ser utilizados. Segundo o Governo Federal, os cortes foram feitos de forma pulverizada e afetam todos os órgãos.


A situação da economia brasileira ainda demonstra que as instabilidades não estão próximas de serem solucionadas. Mais lamentável ainda é ver um setor com potencial de desenvolver soluções consistentes e duradouras para grande parte dos problemas enfrentados, sofrer imensos cortes de recursos. Sabe-se que medidas dessa natureza e magnitude acabam por afastar talentos (pesquisadores, inventores, estudantes), empresários e investidores, que acabam encontrando recursos e melhores condições de trabalho fora do país ou abandonam as promissoras atividades de PD&I que poderiam gerar benefícios a toda a economia nacional.


Resta aguardar que as medidas aplicadas realmente gerem os efeitos positivos prometidos à classe dos transportes rodoviários de cargas (e que tais benefícios sejam refletidos à população) e que o próximo governo consiga promover o balanceamento das contas públicas sem precisar afetar tão drasticamente o planejamento de outras áreas.




 
 
 

Comments


Destaques
Recentes
Arquivo
Tags
Siga nas Redes Sociais
bottom of page